O ex-prefeito Fernando Haddad, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, discorreu nesta sexta-feira (08/04) sobre o que ele pensa acerca de pedágio, gasolina, educação, segurança pública, juventude, obras públicas, etc.
Líder nas pesquisas de intenção de votos, segundo o Datafolha, Haddad criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-governador João Doria (PSDB) pela carestia no País e em SP, respectivamente.
– Com o preço da gasolina do Bolsonaro e o preço do pedágio do Doria ninguém mais sai de casa – disparou o petista.
A seguir, leia o que Haddad publicou em suas redes sociais com a marcação #HaddadPorSP:
– O desemprego, a inflação e os juros em dois dígitos. A perspectiva de emprego baixa. O salário não chega ao fim do mês. A sensação que eu tenho é de que as pessoas querem mudança.
– Tanto Bolsonaro quanto Doria são pessoas diferentes do que a gente estava habituado. Bons tempos em que o antagonismo era entre dois democratas. Um mais progressista e outro mais conservador. Não é o caso agora.
– Creio que as pessoas têm ideia do meu legado na educação. Foram mais de meio milhão de bolsas do PROUNI só para estudantes paulistas.
– Na segurança pública nós vamos fixar, pela primeira vez na história, metas para resolução dos principais crimes. Vamos nos reunir com as corporações e fazer um plano de valorização baseado no cumprimento dessas metas.
– Nós vamos sentar com as corporações, com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, fazer um plano de valorização de carreira e vinculá-lo a um plano de metas de redução da criminalidade.
– Temos um problema sério com as crianças e jovens que ficaram dois anos fora das escolas, boa parte sem a tecnologia disponível para enfrentar o desafio da educação a distância. Vamos precisar fazer um grande trabalho para não deixar essa geração se perder.
– Eu passei 8 anos à frente do Ministério da Educação e ninguém nunca ouviu falar de um centavo que não chegou ao seu destino. Hoje você tem pastor pedindo quilo de ouro, ônibus e computador superfaturado.
– As políticas públicas do meu tempo de Ministério estão na memória das pessoas, sobretudo da juventude.
– O SISU tem sido uma grande ferramenta de inclusão dos jovens de escola pública nas universidades.
– Não aproveitar a circunstância do vencimento do contrato dos pedágios para negociar é um erro. Doria prorrogou contratos que venceriam em 2028 sem nenhuma vantagem para o usuário.
– Quando vence uma concessão, você negocia com a concessionária para tentar baixar a tarifa. Doria está estendendo os contratos de pedágio ao invés de negociar.
– Com o preço da gasolina do Bolsonaro e o preço do pedágio do Doria ninguém mais sai de casa.
– Doria prejudicou muito o funcionalismo. Os professores não podem nem ouvir falar no nome dele e do Rodrigo Garcia. No nosso governo vai ter diálogo com o funcionalismo. Não consideramos o funcionário público um inimigo da sociedade como Doria e Bolsonaro consideram
– Levaram mais de vinte presídios para a Alta Paulista, mas não levaram um leito hospitalar. Tem dinheiro para construir presídio, mas não tem para construir hospital? Tem que balancear o investimento público.
– Nós temos uma crise pós pandêmica na saúde que são as filas de represamento de procedimentos no SUS. Quero trazer a experiência dos Hospitais Dia para o interior de São Paulo. Hospitais que fazem procedimentos ambulatoriais para reduzir a fila do SUS.
– O Butantan quase foi pro vinagre. Não fosse a pandemia o Doria tinha passado nos cobres o Butantan.
– A sociedade vai aprender a lidar com as fake news. Tem que haver uma disposição social para isso e o Tribunal Superior Eleitoral tem que ter as ferramentas necessárias para coibir essa prática.
– Não acredito na tese de que o interior paulista é conservador. Acredito que a pessoa quer melhorar de vida e se você tiver uma proposta consistente ela vai te acompanhar.
– Alguém é contra justiça social? Alguém é contra um pouco mais de igualdade em um dos países mais desiguais do mundo? Alguém é contra você promover geração de emprego e renda? Alguém é contra combater a inflação? Acredito que não.
*Por Esmael Morais