- Supressão de direitos trabalhistas e repressão à greve foram um dos principais motivos citados;
- Estudo cita Embraer e Nestlé como empresas que descumpriram acordos coletivos no Brasil;
- Dois líderes sindicais, João Inácio da Silva e Hamilton Dias de Mouro, foram mortos no país em 2020.
O Global Rights Index (Índices de Direitos Mundiais), um relatório realizado pela Confederação Sindical Internacional, classificou o Brasil como terceiro pior país para se trabalhar em todo o mundo. A confederação tem laços com a Organização Mundial do Comércio e com a Organização Internacional do Trabalho, da ONU (Organização das Nações Unidas).
O estudo ressalta como principais motivos a repressão às greves, o enfraquecimento da negociação coletiva e a violência do país. Como exemplos, o relatório citou a publicação da Medida Provisória 927, que permitiu a exclusão de direitos trabalhistas sob o pretexto da pandemia, como a suspensão de contratos de trabalho por quatro meses sem o pagamento de salários.
Também citou a demissão em massa de 2.500 trabalhadores da Embraer no dia 3 de setembro de 2020 apesar da ratificação de um acordo de proteção de empregos no dia 9 de abril do mesmo ano. A Nestlé também foi citada por ignorar acordos coletivos e consultas com o sindicato durante demissões em massa.
Além disso o relatório também listou o assassinato dos sindicalistas João Inácio da Silva e Hamilton Dias de Moura. João foi morto em frente a sua casa, em Parauapebas, no Pará, no dia 6 de novembro de 2020. Ele era presidente da Cooperativa de Trabalhadores de Montes Belos e havia recebido ameaças de morte.
Hamilton, por sua vez, era presidente do sindicato de Motoristas e Empregados das Empresas de Transporte de Carga e Logística em Transporte Diferenciado de Belo Horizonte e Região. Seu corpo foi encontrado com cravejado de balas dentro de seu próprio carro, em Belo Horizonte (MG).
Além do Brasil figuram na lista Bangladesh, Belarus, Colômbia, Egito, Honduras, Myanmar, Filipinas, Turquia e Zimbábue.
*Com Yahoo