“Deputados e senadores civil e penalmente são inimputáveis por quaisquer palavras e opiniões”, disse Bolsonaro com o deputado na plateia.
Em afronta a Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Daniel Silveira (União-RJ) deixou a Câmara Federal na manhã desta quinta-feira (31) sem cumprir a decisão de colocar tornozeleira eletrônica e se dirigiu ao Palácio do Planalto, onde participa do ato de posse de novos ministros com Jair Bolsonaro (PL).
Silveira sentou na primeira fileira de convidados do ato, em que Bolsonaro dedicou seu discurso a homenagear o golpe de 64, que implantou a Ditadura Militar no Brasil.
Em sua fala, Bolsonaro ainda falou indiretamente do caso envolvendo Daniel Silveira ao criticar mais uma vez as urnas eletrônicas. “Proibiram duvidar das urnas eletrônicas. Se duvidar eu casso registro e prendo”, disse, ficando um tempo em silêncio olhando para a plateia.
Mais adiante, Bolsonaro se referiu diretamente ao aliado no Congresso. “É muito fácil eu falar: Daniel Silveira cuida da sua vida. Não vou falar isso. Fui deputado por 28 anos. Ali [Congresso] é a essência da democracia”, disse saindo na defesa do deputado.
“Ali em 2001 brigamos por uma emenda à Constituição, uma PEC, onde se votou no artigo 53 o termo ‘quaisquer’. O que é quaisquer? Quaisquer é quaisquer. Deputados e senadores civil e penalmente são inimputáveis por quaisquer palavras e opiniões em voga”.
O deputado ainda teve uma propaganda eleitoral da sua campanha ao Senado ao ser saudado por Onyx Lorenzoni.
“Eu queria aqui também saudar todos os parlamentares na figura do senador Daniel Silveira”, disse Lorenzoni em seu discurso.
Veja vídeo com discursos de Bolsonaro e Lorenzoni
*Com Forum