O evento foi organizado em razão dos 58 anos da Marcha da Família com Deus pela Liberdade. No panfleto divulgado em grupos do WhatsApp, os organizadores pedem ainda “jejum pela paz e liberdade”. A entrada custa R$ 20, além de 2 kg de alimentos não perecíveis. Até o momento, a participação de Bolsonaro no evento não consta na agenda oficial do presidente.
Em São Paulo, a marcha previu a presença virtual do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, considerado foragido da Justiça desde outubro de 2021. Allan dos Santos foi escalado para participar, por vídeo conferência, de uma mesa sobre “Ameaças à democracia e às liberdades individuais nos anos 2020: censura, opinião e ciência” como parte da programação do evento. Ele é investigado pela divulgação de fake news e por ataques contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2021, mortes por COVID-19 não impediram marcha “pela família”
No ano passado, segundo noticiou o DCM, a marcha foi realizada quando o país ultrapassava mais de quatro mil mortes diárias em pelo menos dois picos de 24 horas.
Na ocasião, a realização da “Marcha pela Família e do Agronegócio em defesa da nossa Liberdade de ir e vir, Liberdade ao Culto Religioso, Liberdade ao Trabalho e ao Voto Impresso Auditável” foi considerada um desrespeito ao isolamento social por colocar mais brasileiros em risco de vida, acelerando o processo de genocídio em curso.
Na Marcha Pela Família deste sábado (15), em Brasília, manifestantes chamam o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de “vagabundo”. pic.twitter.com/aOZAbSS32u
— Miguel Gomes (@omiguelgomes) May 15, 2021
Confira a programação na íntegra:
SÃO PAULO (SP) – 19/3, às 8h;
CAMPO GRANDE (MT) – 19/3, às 16h;
PALMAS (TO) – 19/3, às 15h;
SALVADOR (PA) – 20/3, às 9h;
RIO DE JANEIRO (RJ) – 20/3, às 9h. Haverá “caminhada até a casa do presidente Bolsonaro”;
PORTO VELHO (RO) – 20/3, às 15h;
MACEIÓ (AL) – 20/3, às 9h;
GOIÂNIA (GO) – 20/3, às 9h;
FORTALEZA (CE) – 20/3, às 9h;
CUIABÁ (MT) – 20/3, às 18h;
BRASÍLIA (DF) – 20/3, às 9h
Na passeata de 19 de março de 1964, 300 mil brasileiros foram às ruas para pedir a derrubada de João Goulart. Em 1º de abril, apoiados pelo grupo, os militares aplicaram um golpe e destituíram Goulart.
*Por DCM