Também no domingo, a assessoria de imprensa do Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU) declarou que os irmãos Kononovich foram presos na capital do país, Kiev, e colocados na prisão. O SSU os acusa de serem propagandistas com visões pró-Rússia e pró-Belarus com o intuito de desestabilizar a situação interna da Ucrânia e criar o “cenário de informações necessárias” para canais russos e bielorrussos.
A Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) denunciou as prisões dos líderes do UJCLU e clamou aos grupos jovens progressistas de todo o mundo que se mobilizem para pedir pela liberdade dos rapazes, uma vez que suas vidas correm sério perigo sob custódia das forças de segurança.
Após o golpe de Estado ocorrido em 2014 na Ucrânia – que ficou conhecido como Euromaidan –, grupos de esquerda têm sido alvos do governo e por este perseguidos, bem como perseguidos por ultranacionalistas e forças neonazistas. Em 2015, leis “descomunizadoras” foram aprovadas para banir símbolos comunistas. Com base nessas leis, a comissão eleitoral barrou o Partido Comunista da Ucrânia (PCU) de participar das eleições de 2019.
As atividades do UJCLU também foram ameaçadas pelas autoridades ucranianas. Sua liderança, incluindo os irmãos Kononovich, foram alvo de forças governamentais e neonazistas em diversas ocasiões por estarem à frente das políticas comunistas no país.
A UJCLU é organização membro da Federação Mundial da Juventude Democrática e recentemente organizou em cidades ucranianas a campanha “Komsomol pela Paz!”, pedindo para que a Ucrânia corte relações com a Otan e resolva pacificamente o conflito com a Rússia.
Em 16 de fevereiro, os irmãos participaram de protesto da UJCLU em frente à embaixada dos Estados Unidos em Kiev demandando que o país saia da Ucrânia e pare sua busca imperialista por expansão, que provocou um conflito militar russo-ucraniano. Eles também foram ativos no Comitê Antifascista da Ucrânia. Os Kononovich foram brutalmente capturados em Kiev por neonazistas dos grupos C14 e Corpo Nacional.
Reportagem publicada originalmente no Brasil de Fato