Streck fez um “retweet” da matéria do Estadão que expõe a proposta de Weintraub do controle de fronteiras de São Paulo, contra a “favelização”. A partir disso, ele teceu ironias à figura do ex-ministro e à Lava Jato, que, de acordo com o jurista, “abriu a caixa de Pandora” para situações assim.
“Sejamos sinceros: alguém acha que figuras bizarras como Weintraub existiriam se Moro e o MPF não tivessem, com a Lava Jato, amaldiçoado a política, abrindo a caixa de Pandora? Sinceramente, alguém acha? Abriram as portas do inferno”, foi a mensagem de Streck no Twitter.
Proposta de Weintraub
O ex-ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro e pré-candidato ao governo de São Paulo propôs pensar em um sistema de controle de fronteiras em São Paulo, para combater o que chamou de “favelização”.
O bolsonarista ainda afirmou que não dá para mudar a realidade de uma favela. “É um ambiente que precisa acabar. Não dá pra ter favela. Não dá pra mudar uma favela. A essência da favela permite o surgimento de muita coisa errada”, afirmou.
A medida proposta pelo ex-ministro para cercear o direito do povo, dos pobres de circularem livremente, é inconstitucional, e fere o artigo 5.º da Constituição. “Nenhum Estado pode estabelecer restrições à circulação de pessoas no território nacional”.
*Por DCM