Em seu discurso, o presidente, que tem sido criticado por sua posição neutra, não mencionou diretamente os dois países, mas se referiu a “um problema a 10 mil quilômetros daqui”.
“Hoje temos um problema a 10 mil quilômetros daqui, e a nossa responsabilidade, em primeiro lugar, é com o bem-estar do nosso povo. A nossa postura tem mostrado para o mundo como estamos agindo nesse episódio. Estamos conectados com o mundo todo, o equilíbrio, a isenção e o respeito a todos se faz valer (sic) pelo chefe do Executivo”, disse.
Bolsonaro fez discurso em favor da liberdade e neutralidade
Ainda durante o discurso, Jair Bolsonaro fez forte defesa da liberdade e isenção do Brasil com relação ao conflito no Leste Europeu.
“O Brasil não mergulhará em uma aventura. O Brasil tem o seu caminho, respeita a liberdade, faz tudo pela paz. Mas em primeiro lugar, temos que dar exemplo para isso”, concluiu.
Nesta semana, o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, o diplomata Anatoliy Tkach, afirmou que a imparcialidade não se aplica quando se conhece o agressor.
“Nós sabemos quem é o agressor. Há vítimas. Não entendo como que imparcialidade pode se aplicar nessa situação”, disse.
A declaração aconteceu durante entrevista na sede da embaixada, em Brasília. Na ocasião, Anatoliy Tkach havia sido questionado sobre a posição do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, sobre a fala de Bolsonaro de neutralidade.
Também presente na cerimônia desta sexta-feira, em São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (PL), discursou.
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*Por DCM