E tudo indica que o conflito entre Rússia e Ucrânia estará na pauta dos debates. Isso porque a realização do encontro na atual conjuntura de guerra é entendida como um momento decisivo, que marcará como os países americanos irão se posicionar diante das mudanças globais.
O que Biden e Bolsonaro vão falar
Além de Bolsonaro, a Cúpula deve atrair empresários e membros da sociedade civil brasileira. Em fevereiro, o Departamento de Estado americano, chegou a divulgar a realização de três fóruns durante a Cúpula.
A ideia, segundo o governo americano, é promover o diálogo entre chefes de governo, CEOs e membros da sociedade civil. Com isso, seria possível traçar parcerias com o objetivo de enfrentar os principais desafios e oportunidades do hemisfério sul no ponto de vista econômico, social, político e digital. A Cúpula das Américas é organizada pela Organização dos Estados Americanos.
Entenda o papel da Cúpula das Américas
Historicamente, a Cúpula das Américas é marcada pela exclusão. Em 2022, tudo indica que serão convidados todos os chefes de governo da América Latina eleitos democraticamente. Em outras palavras, Cuba, Venezuela e Nicarágua devem ficar de fora.
As reuniões nasceram como uma plataforma da ALCA, a Área de Livre Comércio das Américas. Trata-se, portanto, de uma iniciativa neoliberal. Na prática, acredita-se que não se passa de um movimento responsável por separar projetos históricos irreconciliáveis.
De um lado, a América do Norte anglo-saxônica. Do outro, a América Latina negra e indígena. Ou, nas palavras de José Martí, dois lados opostos porque “do arado nasceu a América do Norte, e a América espanhola do cão de caça”.
*Por DCM