Nada é tão ruim que não possa piorar.
Esse está sendo o lema da mídia na cobertura da guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas ninguém pode se abster de dizer que a Globo, mais especificamente a GloboNews cumpre o papel mais escroque da televisão brasileira.
É cinismo em estado puro. É manipulação da primeira à última frase. Pior, há uma censura escancarada de qualquer notícia ou fala do lado da Rússia de alguns representantes do governo Putin.
Na verdade, não se sabe o que é mais patético, se a demonização de Putin ou a divinização de Zelensky.
Pior ainda foi a infantilização das fábulas criadas pelos comentaristas, Guga Chacra e Jorge Pontual, que pareciam dois pré-adolescentes deslumbrados e cheios de fantasias na hora de comentar ou definir os personagens centrais desse conflito.
Nunca o jornalismo da GloboNews foi tão pouco profissional, até para seu histórico de manipulação, porque, além de tudo, seus jornalistas passaram a fabricar histórias medíocres tratando o público, a quem chamam de assinantes, como se todos fossem dementes, pior do que Bolsonaro trata o gado dele em seu chiqueirinho.
É difícil definir o que acontece na GloboNews de tão baixo e rasteiro que essa gente chegou.
E justiça seja feita, Marcelo Lins teve que se desdobrar para dar um mínimo de paridade, muito mais pela crítica aos dois lados que qualquer outra coisa.
O momento crucial da manipulação foi quando o ministro das Relações Exteriores da Rússica, Serguei Lavrov falava na ONU, a GloboNews simplesmente cortou a fala e a imagem para dar holofote ao representante do Pentágono, o que deixou claro, já que ele falava em nome não só do Pentágono, mas sobretudo da OTAN, é que a Ucrânia, nessa guerra, é uma mera bucha de canhão do imperialismo americano.
Ninguém esperava que a americanófila Globo, que no Brasil não passa de uma sucursal do departamento de propaganda fascista do império que ela agisse de maneira imparcial, mas nunca chegaram a esse nível de canalhice e subserviência total aos Estado Unidos.
Com certeza, isso entrará para a história como o dia em que a Globo não teve a mínima vergonha de escancarar que os Marinho não passam de três porquinhos servindo de lacaios aos interesses norte-americanos.