Jornalistas revelam que cibersegurança está na pauta e lembram que Rússia tem histórico de acusação de interferência na eleição dos EUA.
A viagem de Jair Bolsonaro à Rússia passou a chamar atenção e gerar preocupação nesta segunda (14) não apenas pelo contexto em que acontece – momento de forte tensão entre Rússia e Ucrânia, como não se via desde a Guerra Fria – mas também por outro motivo: uma possível agenda oculta de Bolsonaro.
Oficialmente, Bolsonaro diz que a viagem já estava marcada e que o assunto principal é o fornecimento de fertilizantes russos para abastecer o agronegócio brasileiro.
Porém, a grande mídia começa a semear informações que dão conta de um possível interesse do governo Bolsonaro em discutir “cibersegurança” aplicada às eleições.
A jornalista Natuza Nery levantou a bola no começo da tarde desta segunda (14) ao lembrar, na GloboNews, que a Rússia tem histórico de acusações por suposta interferência nas eleições nos Estados Unidos.
A CIA e o FBI produziram relatórios que acusam a Rússia de ter hackeado informações em época de eleição para ajudar na vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton.
O assunto “fraude eleitoral” não sai da boca do clã Bolsonaro e virou pauta também dos militares que integram o governo, sobretudo do ministro da Defesa Walter Souza Braga Netto, que embarcou com Bolsonaro rumo ao Kremilin.
O jornalista Igor Gadelha, que está na Rússia como correspondente do Metrópoles, confirmou que “cibersegurança” estará, sim, na pauta do governo Bolsonaro no País de Putin. E acrescentou que o interesse tem a ver com o “ano eleitoral”.
Para Luis Nassif, Braga Netto está no centro das conspirações contra as eleições de 2022 está no Ministério da Defesa de Bolsonaro.
*Com informações do GGN