Desde que o mundo é mundo, quem tem o que mostrar, mostra, quem não tem, explica. Lula tem muito o que mostrar, e Bolsonaro, muito o que explicar.
O governo Bolsonaro nunca existiu. O vagabundo, que hoje senta na cadeira da presidência, instituiu um lockdown em sua agenda desde o primeiro dia de seu governo em que jamais trabalhou.
Ao contrário de Bolsonaro, Lula segue como favorito com todas as condições de vencer a eleição no primeiro turno, porque tem um extraordinário histórico como presidente que nenhum outro presidente teve na nossa história.
Basta analisar pragmaticamente o legado de Lula com seus programas sociais, programas de transferência de renda, a indiscutível melhora da condição de vida do povo, seguido à risca por Dilma, o que faz com que se entenda duas coisas, a primeira, porque a classe dominante deu um golpe na ex-presidenta, e a segunda, porque seguiu golpeando a democracia com a prisão política de Lula.
Dito isso, imaginar que Lula, depois de duas décadas de massacre midiático, martelado diuturnamente, não pode ser atribuído ao seu carisma pessoal, carisma, é verdade, que nenhum outro candidato tem, mas também é verdade que esse carisma tem como fonte a empatia de alguém que viveu na miséria como dezenas de milhões de brasileiros, até que Lula e Dilma os tirassem do mapa da fome.
Ao contrário disso, o retrocesso do país voltando ao mapa da fome com o governo Bolsonaro, mostra o oposto, que alguém que sempre viveu às custas das tetas do Estado e que jamais trabalhou na vida, não tem a mínima ideia do que é pobreza e, consequentemente, não tem a menor empatia com a dor de quem vive na miséria e sequer tem condições de se alimentar.
Daí, para produzir um morticínio de uma escala genocida, foi apenas um curto passo.
Por isso é bom frisar que Lula está disparado na frente porque, além de todos os seus feitos, tem linguagem do povo. Eleição não é receita de bolo de cenoura, não é uma fórmula de pão caseiro ou macete para se fazer fortuna no tik tok ou no youtube.
Fala-se muito que, no Brasil, as eleições são polarizadas desde 1989, quando Lula disputou a sua primeira eleição para presidente, mas sem dizer que Lula foi e é o maior líder de massa da história que jamais abandonou suas bandeiras históricas.
Quem não tratar esse fenômeno eleitoral a partir desses pré-requisitos, estará falseando a história política do Brasil e reduzindo a cultura de um povo que tem uma sabedoria adquirida na lida com a própria sobrevivência.