Para quem transformou a Força-tarefa da Lava Jato em uma espécie de Big Brother policialesco, de olho na cadeira da presidência da República, Moro foi de herói nacional a uma condição abaixo do lixo da história.
Ou seja, um basculho histórico, exemplar. Esse termo que, no BBB-21, provocou uma curiosidade instantânea de seu significado, depois de ser proferido por Gil do Vigor, não tem exemplo melhor para sintetizar o próprio Sergio Moro.
Depois de tudo o que já se sabia, em termos de patifaria, que Moro e os procuradores da Lava Jato praticaram, revelada pelo site Intercept, Moro, que já estava relativamente desgastado por ter virado ministro de Bolsonaro em troca da cabeça de Lula, começou de fato a cair em desgraça.
Quando saiu do governo e perdeu o apoio dos bolsonaristas que passaram a chamá-lo de traidor, o não menos fascista de Curitiba perdeu muita musculatura no núcleo mais duro do fascismo pátrio.
Mas a coisa não parou aí, sua candidatura não desceu na goela de quase ninguém, nas que desceu, foi de forma quadrada e enviesada.
A denúncia do TCU sobre suas relações promíscuas com a Consultoria Alvarez & Marsal, obrigando-o a confessar um ganho de R$ 3,6 milhões, o que possivelmente é a ponta do iceberg, colocou Moro ladeado com Bolsonaro na condição de basculho fascista, lixo do lixo.
Isso ocorre justamente no dia em que, por falta absoluta de provas, a acusação leviana que a Lava Jato fez a Lula no caso do triplex, assim como nos demais casos, foi totalmente anulada, enterrada pela justiça sacramentando que Moro sempre fez parte da escória do judiciário, sublinhando com caneta piloto o que disse o deputado Glauber Braga (Psol) quando o chamou de juiz corrupto e ladrão.