A objetividade cortante de Dilma em uma rota de colisão frontal com Merval Pereira, o pombo-correio dos Marinho, atinge frontalmente o tipo de jornalismo que sempre trabalhou para assassinar a democracia, subjugando o povo aos interesses do topo de uma pirâmide social sem nenhuma moral, além do dinheiro que acumula.
Dilma foi direto ao ponto, que pode ser lido abaixo, quando avalia a nascente do golpe que sofreu, com uma capacidade impressionante de traçar uma linha de raciocínio simples, mas certeira que não deixa dúvida de onde saiu a orquestração daquela panaceia golpista para tirar a primeira mulher presidenta da República do Brasil.
Dilma coloca o dedo na ferida e aperta o cinismo que produziu essa tragédia porque passa o Brasil e o quanto esse tipo de jornalismo de banco pode ser letal para um país a serviço do neoliberal-fascismo.
Dilma faz uma narrativa óbvia reconstruindo os episódios que antecederam o golpe que sofreu comandado pela Globo, que não há hipótese alguma de não concordar com ela.
“O golpe no Brasil é um processo que foi aberto e escancarado, a mídia participou dele. Merval Pereira, antes de eu ser eleita, dizia que se eu fosse reeleita eu seria “impichada”. A menos que o Merval Pereira tenha uma bola de cristal, que ninguém conhece, ele não teria como saber se haveria condições para eu sofrer impeachment porque a lei é clara, eu só posso sofrer impeachment, por atos praticados no meu mandato. Ora, meu mandato não tinha começado!” (Dilma Rousseff)