O ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ), caiu no choro ao saber que Lula irá revogar a reforma trabalhista aprovada durante o golpe de Michel Temer (MDB), em 2017, após a derrubada da presidenta Dilma Rousseff (PT).
O ex-presidente Lula indicou na terça-feira (04/01) que irá revogar a reforma trabalhista que desempregou milhões de brasileiros e jogou os trabalhadores para um regime de semiescravidão em pleno século XXI. Ele citou o exemplo do presidente espanhol, Pedro Sánchez, que está revendo a legislação para recuperar direitos dos trabalhadores.
Choroso, Rodrigo Maia ampliou os soluços quando soube que a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), informou que Lula também vai rever as privatizações ocorridas nos governos Temer e Jair Bolsonaro (PL).
Notícias alvissareiras desse período: Argentina revoga privatização de empresas de energia e Espanha reforma trabalhista q retirou direitos. A reforma espanhola serviu de modelo p/ a brasileira e ambas ñ criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 3, 2022
“O PT parece que vem para esse processo eleitoral trazendo os mesmos erros que geraram a grande recessão que o Brasil passou durante dois anos do governo Dilma [Rousseff]. Principalmente do governo Dilma, mas também a parte final do governo Lula, com uma matriz econômica de proteção a empresas brasileiras, de incentivos fiscais como IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] e desonerações e gastos crescentes do governo”, chorou Maia à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, veículo de comunicação que costuma especular com as notícias em proveito próprio e da banca financeira.
Na verdade, o choro de Maia é imotivado. A recessão entre 2015 e 2016 foi provocada pela força-tarefa Lava Jato, pelos golpistas que planejavam derrubar Dilma e o PT, e as pautas incendiárias do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ).
Apesar de seu choro sem fim, Rodrigo Maia acabou reconhecendo que a reforma trabalhista pilotada por ele na Câmara precarizou a mão de obra no País: “O que tem acontecido —e aconteceu de 2020 para 2021— é a recuperação do emprego sempre no emprego precário, na informalidade. O PT vê a questão do emprego pela ótica equivocada. O Brasil não vai voltar a crescer criando restrições, criando um Estado paternalista. O Brasil vai crescer se criarmos condições para melhorar a produtividade do trabalho brasileiro e a qualidade do ensino”, disse, cuja fórmula do ex-presidente da Câmara é esta em vigor, que desempregou milhões, semiescravizou os trabalhadores e pejotizou a nação.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil passou da condição de nação pleno emprego –na época dos governos petistas– para a nação do desemprego. Segundo o órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 50% da População Economicamente Ativa (PEA), equivalente a 80 milhões de pessoas, está desocupadas desde o golpe apoiado pelo chorão Rodrigo Maia.
Nos bastidores da política em Brasília, fala-se abertamente que o choro de Rodrigo Maia sempre verteu “lágrimas de crocodilo” porque seria falso, fingido e hipócrita.
*Por Esmael Morais