O presidente da França, Emmanuel Macron, avisa os cidadãos que não foram vacinados contra o covid-19 que os ‘atormentará’ restringindo seu acesso a partes essenciais da sociedade.
“Quando se trata de não vacinados, eu realmente quero incomodá-los. E vamos continuar a fazer isso até o fim. Essa é a estratégia”, disse Macron ao jornal Le Parisien.
Isso envolveria, acrescenta Macron, “limitar o acesso às atividades sociais tanto quanto possível”.
As declarações coincidem com a tentativa do governo de aprovar no parlamento uma legislação que torne a vacinação obrigatória para acesso a eventos culturais, uso de trens intermunicipais, cafés ou refeições fora de casa.
Se o governo conseguir o que deseja, não será mais possível obter um passaporte corona emitido por apresentar um teste corona negativo recente, ou porque se recuperou após ser infectado.
Mas a oposição na Assembleia Nacional não gosta da proposta e conseguiu, em votação na noite de segunda-feira (03/01), interromper o debate sobre a proposta até agora.
O partido de centro de Macron, LREM, tem a maioria na Assembleia Nacional, que é uma das duas câmaras no parlamento.
Mas quando a assembleia deveria votar para continuar o debate até a noite antes de terça-feira, tantos membros do partido governistas estavam ausentes que a oposição estava em maioria e o debate foi interrompido.
Um porta-voz do governo acusou os políticos da oposição de ‘atrapalhar o calendário’ por impor um passaporte de vacinação apenas por razões políticas.
“Essa lei é de fundamental importância”, diz o porta-voz Gabriel Attal.
O governo está se empenhando para que a nova lei seja introduzida a partir de 15 de janeiro.
*Por Esmael Morais