Prévias conturbadas do PSDB e candidatura ‘precoce’ de Moro seriam os principais motivos do enfraquecimento.
Banqueiros, gestores e empresários não acreditam mais na possibilidade do fortalecimento de uma candidatura de terceira via para as eleições presidenciais.
Segundo a Folha de S. Paulo, que conversou com representantes desses grupos s sob condição de anonimato, banqueiros, gestores de fundos de investimentos e líderes do agronegócio, comércio e indústria veem a disputa entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Boa parte do grupo também demonstra favoritismo do petista, reforçando o cenário apontado em diversas pesquisas de diferentes instituições, que mostram Lula em vantagem contra o ex-capitão.
Dois motivos são apontados pelos banqueiros e empresários para ‘desistirem’ da terceira via. O primeiro são as conturbadas prévias do PSDB, que elegeram João Doria vencedor. A expectativa do mercado, no entanto, era que o governador gaúcho Eduardo Leite fosse o escolhido. A troca de ofensas e acusações entre os pré-candidatos do partido teriam causado desgastes irreversíveis para a campanha de Doria, de acordo com os consultados.
Já o segundo motivo apontado pelos representantes é o lançamento da candidatura do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos). O movimento foi considerado ‘precoce’ pelo grupo. Para eles, Moro desistirá antes do pleito e provavelmente buscará uma cadeira no Senado.
Lula é o mais preparado para resolver os problemas do País
O grupo também foi questionado sobre quem seria o melhor candidato para resolver os ‘estragos na Economia’. De acordo com os banqueiros consultados, o ex-presidente Lula ‘estaria mais apto para construir um time no Ministério da Economia capaz de consertar os estragos que Bolsonaro causou’.
Os representantes dos grupos disseram não concordar com políticos como o aumento de benefícios sociais, nem com direcionamentos ‘mais populistas’ em linhas de crédito que possivelmente serão adotadas com Lula. Apesar disso, avaliam que o retorno do ex-presidente ao Poder sinalizaria ao mercado financeiro um ‘compromisso de recuperação fiscal’, considerado positivo.
Entre o empresariado, o apoio a Lula estaria mais dividido , segundo o jornal. Tanto o setor produtivo quanto o agronegócio ainda se mantém ao lado de Bolsonaro, mas teriam sinalizado uma mudança de lado caso o segundo turno seja contra o petista.
*Com informações da Carta Capital