O jornalista e escritor Mário Magalhães disse, em entrevista ao “Jornalistas e Etc”, que a cobertura da Operação Lava Jato foi um dos piores momentos da imprensa brasileira.
“Acho que foi feito pouco jornalismo e muita propaganda. Um dos piores momentos do jornalismo brasileiro, que veio sucedido de um grande momento, a cobertura da pandemia, contra um governo de comensais da morte [nome dado aos seguidores de Lord Voldemort, vilão da série Harry Potter]”, analisou
Para o jornalista, a imprensa brasileira deve se comportar mais uma vez como propagandista, agora em relação à possível candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro à Presidência em 2022: “Quanto mais propaganda se dispuser a fazer, pior para a sociedade, que precisa de informação para que possa, autonomamente, tomar seu próprio juízo.”
Filme de Marighella
Mário Magalhães é autor da biografia “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo”, lançado em 2012. O escritor contou ao “Jornalistas e Etc” que ficou muito satisfeito com a adaptação do livro para os cinemas, dirigido por Wagner Moura, lançado no Brasil mês passado.
“Estou felicíssimo com o filme do Wagner. Ele teve a sapiência e sorte de contar com uma equipe de luxo; o elenco é assombroso”, elogiou o jornalista. Ele garantiu que não mudaria nada no longa-metragem.
Rodado em 2017, o filme sobre Marighella passou por uma série de imbróglios com a Ancine (Agência Nacional do Cinema) – órgão ligado ao governo federal -, e estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2019, sob fortes aplausos dos presentes na sessão.
*Com informações do Uol