O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o uso da linguagem neutra durante conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (7). Segundo o presidente, a variação linguística “estimula a molecada a se interessar por essa coisa”.
“Lembra uns dois anos atrás, o pessoal da linguagem neutra, os gays. Não tenho nada contra nem a favor, cada um faz o que bem entender. O que faz a linguagem neutra dos gays? O que soma para a gente? Agora, estimula a molecada a se interessar por essa coisa”, disse Bolsonaro.
Em resposta ao presidente, um apoiador afirmou que a derivação linguística “estraga a língua portuguesa”. “A linguagem é o de menos. Vai estragando a garotada”, declarou.
O presidente também afirmou que “parte da garotada que nem sabe o português quer a linguagem neutra”, e disse que pautas assim servem para desestimular o raciocínio.
Durante o encontro com os apoiadores, Bolsonaro também criticou seus opositores políticos, como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e seu ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência.
“O pessoal não deu bola de novo para as eleições de prefeito e vereador. O Rio de Janeiro está um… O Rio de Janeiro com o Eduardo Paes, eu apoiei discretamente o (Marcelo) Crivella. Votaram no Paes que é um santo”, ironizou: “Olha como é que tá o Rio. Exigindo cartão de vacina”.
Bolsonaro não chegou a citar o nome do ex-ministro, mas reproduziu o discurso de projeto econômico de Moro e disse que se trata de alguém que “passou um ano e pouco” no governo.
“Veio um idiota agora, não vou falar o nome dele. “Comigo a economia vai ser inclusiva, sustentável”. Passou esse cara um ano e pouco no meu governo , nunca abriu a boca em reunião de ministro. Nada, sempre de boca fechada. Até que aconteceu a saída. Aconteceu um pouco tarde, mas aconteceu”, finalizou o presidente.