O advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente LulaSeria (PT), chamou o ex-juiz suspeito Sergio Moro (Podemos) e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) de “descarados” por comentarem a inocência de seu cliente.
O Ministério Público Federal (MPF) reconheceu que se encontra prescrita a pretensão punitiva estatal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no caso do triplex no Gurarujá (SP), pois utilizou para o cálculo da extinção da punibilidade a pena fixada em decisão transitada em julgado para a acusação. O caso penal motivou a prisão ilegal do petista por 580 dias, após sentença do ex-juiz suspeito Sergio Moro (Podemos), nas vésperas das eleições de 2018.
“Após ter analisado o arquivo oficial da “Spoofing” e ter obtido, como advogado do caso, a declaração da suspeição do ex-juiz da lava jato, não me surpreendo com o descaramento de qualquer manifestação dos ex-integrantes da assim denominada “operação”” indignou-se Cristiano Zanin.
Segundo Zanin, o pedido de arquivamento apresentado pelo MPF deve pôr fim a caso que foi construído artificialmente a partir do conluio do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol para prender o ex-presidente Lula, retirá-lo das eleições de 2018 e para atacar indevidamente sua reputação, tal como sempre sustentamos.
Do alto do palanque político, Moro disse que “Manobras jurídicas enterraram de vez o caso do Triplex de Lula, acusado na Lava Jato. Crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis, pois o dano causado à sociedade, que morre por falta de saúde adequada, que não avança na educação, jamais poderá ser reparado.”
A Constituição não prevê pena perpétua como defende o ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano.
Deltan Dallagnol, agora político, atacou o STF e a Constituição. O ex-coordenador da finada Lava Jato também defendeu a pena perpétua com o fim da prescrição.
No caso triplex, o Supremo anulou as penas impostas ao ex-presidente Lula porque Deltan e Moro agiram em conluio e violaram o sistema acusatório, que prevê o juiz imparcial e separado da acusação [papel do Ministério Público].
Após ter analisado o arquivo oficial da “Spoofing” e ter obtido, como advogado do caso, a declaração da suspeição do ex-juiz da lava jato, não me surpreendo com o descaramento de qualquer manifestação dos ex-integrantes da assim denominada “operação”.
— Cristiano Zanin Martins (@czmartins) December 7, 2021
*Por Esmael Morais