Na esteira de dados econômicos abaixo do esperado, o mercado financeiro revisou, pela oitava semana para baixo, suas projeções para o desempenho da economia brasileira este ano, é o que diz o Infomoney.
Agora, a expectativa é de crescimento de 4,71% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ante projeção anterior de 4,78%. Para 2022, as estimativas também sofreram piora, pela nona vez consecutiva, de 0,58% para expansão de 0,51%.
Os dados constam no relatório Focus e foram divulgados na manhã desta segunda-feira (6) pelo Banco Central.
Na semana passada, os dados do PIB referentes ao terceiro trimestre e da produção industrial em outubro frustraram expectativas, levando casas a revisarem para baixo suas projeções para o desempenho da economia brasileira neste e no próximo ano.
No terceiro trimestre, o PIB do Brasil registrou contração de 0,1% na comparação com o segundo trimestre deste ano e alta de 4% na base anual. O indicador veio pouco abaixo do esperado. A expectativa de economistas consultados pelo consenso Refinitiv era de estagnação em relação ao segundo trimestre. Na comparação anual, contudo, o resultado veio abaixo da alta de 4,2% esperada.
Mais inflação
No Focus, as estimativas para a inflação também sofreram piora. Segundo economistas consultados pelo BC, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ter alta de 10,18% este ano e de 5,02% em 2022.
Na semana passada, as projeções eram de IPCA de 10,15% e 5,00%, respectivamente. Os dados vêm sendo revisados para cima constantemente e já chegam a 35 semanas de alta no caso das estimativas para 2021, e a 20 semanas nas de 2022.
Juros maiores em 2023
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, se reúne para decidir o rumo da taxa básica de juros.
A expectativa, segundo o Focus, é de alta de 1,5 ponto percentual da Selic, para 9,25% ao ano, sem mudanças em relação ao levantamento anterior. Já para 2022, as expectativas são de Selic a 11,25% ao ano, também sem alterações.