Sem carisma absolutamente nenhum, com péssima dicção e inúmera pataquadas dites nos primeiros momentos de sua quase campanha eleitoral, Sérgio Moro surge como terceira força política, ameaça Bolsonaro e causa dificuldades para Ciro Gomes.
A realidade do pleito de 2022 parece mais complexa do se imaginava e o aparecimento de Moro, na corrida, é o símbolo de uma pergunta importante. Quem representa melhor o bolsonarismo, Bolsonaro, Ciro Gome, ou Sérgio Moro?
Bolsonaro, na medida em que seu governo se tornou um desastre coletivo e pessoal, veio se tornando indefensável. Na cabeça dos fascismo bananeiro, alguém tem encarnar o espírito odioso do punitivismo e da latrina moralista da classe média brasileira.
Percebendo isso, Ciro Gomes mudou a postura e passou de defensor a crítico de Lula, Dilma e da esquerda. Sua estratégia não o fez alçar voo algum. Perdeu base na esquerda, caminhou pouco no bolsonarismo e se formou como terceira força. Até que surgiu Sérgio Moro.
Moro, o nativo originários das terras do ódio, foi aquele pariu, com a Globo e a mídia, o golpe de 2016. Foi Moro quem tirou Lula da corrida eleitoral e enterrou o Brasil no bolsonarismo. Portanto, se há alguém real símbolo do bolsonarismo, não é o próprio Bolsonaro, é Sérgio Moro.
O que veremos nos próximos meses, será o derretimento eleitoral de Bolsonaro, que deve devolver o posto de nazista mor bananeiro a quem o pertence de origem. Moro deve crescer e em breve assumirá a segunda posição nas pesquisas.
Já Ciro Gomes, ficará “a ver navios” e sem discurso. Contra Bolsonaro, contra Moro, contra Lula e contra ele mesmo, tenderá a angariar os votos marinistas, que não o entregará nada além dos 8 pontos, ou um pouco mais, do que já tem. Sua briga será pelo terceiro lugar, não com Moro, mas, com Bolsonaro.