Tecnicamente, Bolsonaro permanece inelegível por não estar filiado a um partido e na correria, o presidente já começa a apelar para partidos mais tradicionais que não permitirão se tornar um feudo do clã.
Entre o acordo que se daria com os dois partidos conservadores, o PL e o PP, ambos do centrão, as lideranças do PL empurraram a batata quente para o PP. Obviamente, com medo da perda de poder. A informação é da jornalista Mônica Bérgamo, da Folha.
As exigências de Bolsonaro foram tantas, que a aproximação com o PL gerou uma briga via Whatsapp, com direito a um “VTNC” do presidente da sigla, para a família do presidente. (Leia aqui)
Com o clima azedo, o provável destino de Bolsonaro seria a tentativa de filiação ao PP, partido que integrou as fileiras do baixo clero do congresso. Ou seja, as lideranças do partido conhecem bem a figura.
A principal vantagem, em ter Bolsonaro como candidato, não seria a possibilidade de vitória nas eleições de 2022, já que dificilmente será reeleito. A questão é que abre caminho para ampliação de cadeiras no congresso. O problema é ter que aturar uma figura intragável como liderança partidária, por isso, até aqui, somente o PRTB se oferece para a inglória tarefa.