Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 61 pessoas foram à óbito nas últimas 24 horas por causa da Covid. Durante toda a pandemia, 611.283 brasileiros perderam a vida para a doença. Os dados oficiais de 14/11/2021 são estes:
Casos
• 4.129 no último período.
• 21.957.967 acumulados.
Óbitos
• 61 no último período
• 611.283 óbitos acumulados.
Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: Por que casos de covid aumentam na Europa e diminuem no Brasil?
Primeiro vamos entender a nossa aldeia para depois compreender o mundo.
Desde que nascemos, no Brasil, antes de uma identidade ganhamos uma carteira de vacinação. Na maternidade, o recém-nascido já recebe dois imunizantes obrigatórios: a vacina BCG e a vacina da Hepatite B.
Até os 10 anos de idade, uma criança brasileira toma ao menos 21 vacinas –segundo o calendário obrigatório do SUS (Sistema Único de Saúde).
Dito isso, no Brasil 58,78% da população –ou 125.380.340– está totalmente imunizados (com duas doses ou dose única) enquanto 73,56% da população brasileira recebeu apenas uma dose (56.918.899 vacinados). Se houvesse doses antes, 100% dos brasileiros já estariam vacinados.
Já na Europa, a situação é diferente. A Rússia, por exemplo, fabricante da Sputnik V, tem apenas 41% da população vacinada ante 67% na Alemanha. Nesses dois países, a imunização congelou, ficou paralisada, porque há resistência à agulhada. Eles têm as doses, mas as pessoas resistem.
Em meio dessa luta contra o vírus, há ainda o embate ideológico da extrema direita que dissemina notícias falsas sobre as vacinas. Tal fenômeno também é visto na América, com menor repercussão no Brasil.
Dentre os argumentos dos antivacinas está a lorota de que os imunizantes foram aprovados às pressas e que há supostos relatos em todo o mundo de que existem muitos efeitos colaterais. Essas pessoas que resistem à vacina dizem, sem comprovação alguma, que os imunizantes causam inflamação do coração (atletas de alto rendimento caem), coágulos sanguíneos e mortes.
Na Alemanha, o governo adotou restrições para quem não se vacinou. Apenas aqueles que foram imunizados ou recuperados devem ter acesso a restaurantes, cinemas, teatros, museus, galerias ou salas de concerto, por exemplo. Isto também se aplica a pavilhões desportivos e piscinas, instalações de lazer, como saunas e banhos termais, e instalações de diversão, como salas de jogos.
As regras ainda se aplicam a salões de cabeleireiro e cosméticos, estúdios de fitness [academias de ginástica] e dança.
Além de serem arredios à vacina contra a covid, os europeus também enfrentam a chegada do inverno.
*Por Esmael Morais