O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não tem condições de elegibilidade para 2022. A rigor ele está inelegível porque não atende ao requisito fundamental: estar filiado em um partido político.
A Constituição determina que são condições de elegibilidade: a nacionalidade brasileira; o pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral; o domicílio eleitoral na circunscrição onde ocorre a candidatura; a filiação partidária; e idade mínima (que varia conforme o cargo pretendido).
Se exigisse a carteira de vacinação então…
Evidentemente que ainda há tempo para se filiar e habilitar-se. A regra é clara: o candidato deve estar filiado a partido com no mínimo seis meses de antecedência à data do pleito, prevista para outubro de 2022 – qual seja, o prazo fatal é março de 2022.
O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, cancelou no fim de semana o “casamento” com Bolsonaro que estava previsto para o dia 22 de novembro. Deu chabu geral. A desavença ocorreu porque a família exigiu “porteira fechada” para entrar no partido e controle absoluto sobre o milionário fundo partidário.
“Vai tomar no cu você e seus filhos, Bolsonaro“, xingou o presidente do PL como resposta à proposta presidente da República. Valdemar da Costa Neto, ainda, liberou a bancada da agremiação nas votações na Câmara.
O PP voltou a ser uma opção para Bolsonaro, no entanto, a opção Bolsonaro não é uma opção para o PP. Ou seja, quando um não quer dois não faz…
Nenhum partido quer Bolsonaro. Até parece notícia antiga, mas não é. A primeira vez que o Blog do Esmael anotou essa dificuldade do mandatário foi em julho passado.
Resumo da ópera: Centrão é formado de “profissionais” na chantagem política e tem com máxima “o jogo só termina quando o juiz apita o final”.
*Por Esmael Morais