Presidir o Partido dos Trabalhadores, assim como ser petista ou de esquerda, não é uma tarefa fácil. Aliás, a história nos mostra isso. Em vários acontecimentos ao redor do mundo, em diferentes momentos, defender as pautas dos pobres e oprimido é um ato de rebeldia que contradiz a ordem social.
Dito isso, é fundamental termos em mente há décadas o partido e seus defensores sofrem com perseguições e muitas mentiras. Hoje falamos em FakeNews, mas quem não se lembra de que há décadas atrás acusavam o PT de invadir as casas das pessoas e entre tantas outras barbaridades?
Pois bem, aconteceu o contrário, o PT é o responsável pelo maior programa de habitação social da história do país. Além de muitos outros programas e políticas sociais que não são de meu interesse debater aqui.
O Paraná é um estado historicamente conservador, mas é gratificante liderar o maior partido de esquerda e fazer avançar com as nossas lideranças e nossa militância aguerrida, um importante projeto para o desenvolvimento social do Paraná.
Quero compartilhar neste artigo uma situação curiosa que aconteceu nos últimos dias. Apesar da difícil tarefa em presidir o PT do Paraná, no fim de semana tive a mais fácil decisão que poderia tomar: encaminhei a desfiliação de Sérgio Moro do PT do estado.
Sabemos que essa filiação foi resultado de alguma “pegadinha”, mas ainda assim, a desfiliação foi uma situação que tive o prazer de resolver. A questão é que, o então ex-Juiz e ex-Ministro anunciou a filiação ao PODEMOS, partido que no estado é representado pelos três senadores.
Moro busca ser uma das possibilidades de terceira via e, até que enfim resolveu assumir que de imparcial não tem nada. É fato que ser de esquerda é difícil, mas neste momento, no cenário eleitoral nacional, percebemos que não está fácil a vida da direita tradicional no país. E isso acontece porque há pouco tempo atrás, foram responsáveis por inflar a candidatura de um radical, que agora apesar dos pesares, continua tendo expressiva força nas pesquisas, que dão para ele, condições de caminhar rumo ao segundo turno.
A direita tradicional vai tentar, mas vai esbarrar nessa discussão de terceira via no próximo ano. Moro tirou a toga e, sabendo da sua vaidade, é importante que já se acostume com a ideia de que não vai vestir a faixa presidencial. A questão é saber se vai aceitar os caminhos da democracia, ou se vai querer instituir um novo golpe, como em outra situação, fez com a Lava Jato.
*Arilson Chiorato, deputado Estadual, Presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR.
*Por Esmael Morais