A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje que seus cinco diretores receberam e-mails com ameaças de morte em caso de aprovação, por parte da agência, da aplicação da vacina contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade.
Também foram alvos das ameaças instituições escolares do Paraná, ainda de acordo com a Anvisa.
“Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos federal, estadual e distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis”, acrescentou, em nota.
Por enquanto, apenas adolescentes entre 12 e 17 anos podem ser vacinados, e somente com o imunizante da Pfizer. Maiores de idade podem receber qualquer uma das vacinas já em uso no Brasil (Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen).
Na última quarta-feira (27), a Pfizer informou que vai pedir autorização da Anvisa para aplicar sua vacina contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos no Brasil. A submissão do pedido, disse a farmacêutica, “deve ocorrer ao longo do mês de novembro de 2021”. Na véspera, um comitê externo de aconselhamento da FDA, equivalente à Anvisa dos Estados Unidos, recomendou a vacina para essa faixa etária.
A decisão não é final, mas a FDA costuma seguir as indicações do conselho, segundo o jornal The New York Times. Caso seja aprovada, a previsão é de que a vacina da Pfizer possa ser aplicada nas crianças americanas a partir da próxima semana, com um terço da dose usada nos adultos.
Leia a íntegra da nota
Os cinco diretores da Anvisa receberam, nesta quinta-feira, às 8h31, correspondência eletrônica (e-mail) com ameaças de morte na hipótese de eventual aprovação pela Anvisa de vacinas para crianças entre cinco a onze anos de idade.
Além dos diretores, também constam como alvo das citadas ameaças de morte instituições escolares do estado do Paraná.
Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis.
*Com informações do Uol