Capa da IstoÉ chama Bolsonaro de “genocida” enquanto a CPI titubeia em indiciar o presidente por genocídio

Capa da IstoÉ chama Bolsonaro de “genocida” enquanto a CPI titubeia em indiciar o presidente por genocídio

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A CPI da Covid titubeia na reta final sobre o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por “genocídio” e crime contra a humanidade, mas isso não impediu que a revista IstoÉ, edição desta semana, cravasse o termo no bigode do mandatário. A arte da capa do semanário lembra Hitler, o líder nazista, responsável por mais de 6 milhões de mortes de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

O holocausto de Bolsonaro, no entanto, teve 600 mil cadáveres na pandemia.

O crime de genocídio é previsto na lei 2.889 de 1956, que define vontade consciente dirigida no sentido de matar, como ainda, e particularmente, o propósito de aniquilamento, no todo ou em parte, no grupo como tal. De acordo com o dispositivo, o crime de genocídio é praticado mediante dolo específico consistente na destruição de um grupo humano.

Para uma parte da comissão de investigação, Bolsonaro quis conscientemente atingir a “imunidade de rebanho” infectando a população brasileira ao invés de priorizar a vacinação.

Especula-se que a CPI pode indiciar Bolsonaro por 11 crimes, embora ainda haja luta interna na comissão que poderá resultar em afrouxamento.

  • Crime de epidemia com resultado de morte
  • Crime de infração a medidas sanitárias preventivas
  • Crime de emprego irregular de verba pública
  • Crime pela incitação ao crime
  • Crime de falsificação de documentos particulares
  • Crime de charlatanismo
  • Crime de Prevaricação
  • Crime de genocídio de indígenas
  • Crime contra a humanidade
  • Crime de responsabilidade
  • Crime de homicídio comissivo por omissão no enfrentamento da pandemia

Segundo a IstoÉ, o Brasil está enfrentando seu momento Nuremberg. “É hora de compreender a extensão da catástrofe perpetrada pelo presidente e por seus asseclas”, prega a publicação.

De acordo com a reportagem de capa, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB), vai chamar Bolsonaro de “mercador da morte” e acusá-lo de adotar práticas do regime nazista de Adolf Hilter.

A CPI da Covid pode indicar até 40 pessoas que se envolveram direta ou indiretamente na necropolítica de Bolsonaro, que resultou na morte de mais de 600 mil pessoas.

E o Guedes? Nenhuma referência ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi citado em depoimentos.

O senador Renan Calheiros irá apresentar o relatório final da CPI da Covid na próxima terça-feira (19/10).

*Por Esmael Morais

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