Após uma cirurgia de cateterismo no hospital Samaritano da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, Roberto Jefferson voltou para o complexo prisional Bangu 8. Ele está preso há dois meses, por determinação do ministro do STF Alexandre Moraes.
Jefferson é acusado de participar de milícias digitais, de incitar violência física contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e contra autoridades.
“Diante do exposto, comprovada a efetiva alta hospitalar, determino o imediato retorno de Roberto Jefferson Monteiro Francisco à unidade prisional em que se encontrava custodiado, devendo o Hospital Samaritano Barra enviar a documentação pertinente imediatamente a esta Corte. O custodiado deverá ser escoltado pela Polícia Federal, com a devida retirada da tornozeleira eletrônica”, determinou Moraes.
Presidente licenciado do PTB nacional, Roberto Jefferson foi submetido à cirurgia no dia 28 de setembro. Ele se recuperou bem e o que motivou a determinação da volta do político para o sistema prisional de Bangu 8 foi o vazamento de áudios de Jefferson contra adversários internos no partido.
Na disputa umbilical no PTB, oponentes de Jefferson acusaram-no de dirigir a agremiação de dentro da prisão –inclusive usando meios eletrônicos, o que é proibido.
A PGR ainda aponta que o ex-deputado praticou condutas que constituem infrações penais previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Ele equipara a comunidade LGBT a drogados e traficantes.
A defesa do presidente licenciado do PTB pediu a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar, no entanto, Moraes negou o pleito porque o próprio Roberto Jefferson se manifestara contrário ao uso de tornozeleira eletrônica.
Uma das estratégias da defesa de Jefferson, a partir de agora, pode ser puxar o presidente Jair Bolsonaro para a polêmica prisão.
Desde que foi preso, no dia 13 de agosto, Bolsonaro ou filhos não fizeram nenhuma manifestação favorável à soltura de Jefferson. Para os petebistas, a falta solidariedade do presidente da República dificulta a libertação do presidente nacional do PTB.
*Por Esmael Morais