Não há um minuto de paz! A gente assiste algumas notícias da semana e se depara com 2,8 milhões de alunos perdendo o direito à isenção de taxa de ENEM por terem faltado ao exame em 2020. Vale ressaltar que 2020 foi um ano marcado pela dor de um país desvastado pela pandemia, sofrendo graves consequências econômicas que se estendem ao longo de 2021, e com alunos em vulnerabilidade não conseguindo comparecer para a prova.
Novamente o governo, em destaque para o MEC, não abre qualquer concessão para os mais atingidos economicamente pela pandemia e permitindo que se inscrevam sem taxa. O bolsonarismo nega o direito de disputar uma vaga na universidade. Reforço que a queda nas inscrições no ENEM deste ano se equipara, praticamente, ao número de alunos que não compareceram e perderam o direito à isenção.
Sinceramente, não me causa espanto frente ao projeto de desmonte e entreguismo dos bens nacionais, ainda mais depois do “Ministro da Educação” afirmar que “universidade é para poucos” e que “alunos deficientes atrapalham”. É um ideal nefasto de impedimento ao universo acadêmico e permitindo que supostas “castas sociais” detenham “poderes” e exijam uma “massa” para servir aos seus desejos.
Pior do que uma pedagogia neoliberal, é somar tal perspectiva ao extremo do desprezo das pequenas conquistas de décadas de inclusão ao ensino universitário e ao direito de ter voz e questionamento social.
INADMISSÍVEL QUE ISSO SEJA SUPORTADO ATÉ 2022! O BRASIL, ALÉM DO PESO DA MORTE, SUPORTA O PESO DO DESPREZO AO POVO, SOBRETUDO, MAIS VULNERÁVEL.