Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a condução da pandemia, nesta terça, Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques disse que o documento feito por ele foi falsificado depois que o seu pai o enviou ao presidente da República.
Segundo o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), seu pai tem contato com Bolsonaro porque os dois foram colegas no Exército. Marques, porém, afirma não saber quem adulterou o documento. Seus dados foram usados pelo presidente para questionar o número de mortes causadas pela Covid-19 no Brasil.
O TCU negou que o documento fosse oficial e informou se tratar de “uma análise pessoal” do auditor.
O presidente da CPI, Omar Aziz, afirmou que o pai do auditor é um “bajulador” do Bolsonaro e a discussão sobre a falsificação do documento estar a cargo do presidente da República ganhou corpo. Com isso, mais um crime comum já pode ser imputado a Bolsonaro, o de falsificação de documentos.
Os senadores, Randoufe Rodrigues e Simone Tebet, vice-presidente da comissão e líder da bancada feminina, respectivamente, afirmaram que o presidente tinha ciência da falsificação e por isso, cometeu crime, ao divulgar. Assista o vídeo abaixo:
Senadores Randolfe Rodrigues e Simone Tebet mostram evidências de que Bolsonaro tinha ciência da fraude de documento atribuído ao TCU sobre número de mortes por Covid no Brasil. #CPIdaCovid #ODia pic.twitter.com/2bM107PQ3k
— Jornal O Dia (@jornalodia) August 17, 2021