Guerra aberta entre Bolsonaro e o STF, pode levar à queda do presidente, ou torná-lo inelegível.

Guerra aberta entre Bolsonaro e o STF, pode levar à queda do presidente, ou torná-lo inelegível.

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De boquirroto a idiota convicto, Bolsonaro conseguiu abrir uma guerra declarada pelo presidente do STF, Luiz Fux, em pronunciamento em rede nacional, após ameaçar um dos ministro do STF, Alexandre de Moraes. Bolsonaro disse ao ministro, “sua hora vai chegar”.

Moraes lidera o inquérito das Fake News, no âmbito do STF e recebeu o pedido do ministro do STF e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, para inclusão do presidente da República como investigado, através de uma notícia crime.

O primeiro atacado por Bolsonaro foi o ministro Luís Roberto Barroso, que reagiu com a abertura de um inquérito no TSE, por ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Outra reação, foi o envio da notícia crime ao STF, no âmbito do inquérito das Fake News. Os ataques de Bolsonaro seguiram caminho, primeiro Barroso e agora, o ministro que aceitou a inclusão de Bolsonaro na investigação das Fake News, ministro Alexandre de Moraes.

A posição de Fux foi muito clara e contundente, a de proteger a instituição STF, dos ataques e agora, ameaças, por parte do presidente, disse:

“O presidente da República tem reiterado ofensas e ataques de inverdades a integrantes desta Corte, em especial os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Mores. Sendo certo que, quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro. Além disso, sua excelência [Bolsonaro] mantém a divulgação de interpretações equivocadas de decisões do plenário bem como insiste em colocar sob suspeição a higidez do processo eleitoral brasileiro”, afirmou Fux na sessão.

“Diante dessas circunstâncias, o Supremo Tribunal Federal informa que está cancelada a reunião outrora anunciada entre os chefes de poder, entre eles o presidente da República”, completou.

“O pressuposto do diálogo entre os poderes é o respeito mútuo entre as instituições e seus integrantes”, completou Fux.

A guerra aberta gerou a inédita ruptura entre o judiciário e o executivo, algo tão grave, que dá sinais de uma batalha que o maior perdedor é o próprio autor da guerra, Bolsonaro.

Vale lembrar que Bolsonaro tem processos no TSE que podem levar à dupla queda, derrubando a chapa presidencial, com a queda de presidente e do vice, o que levaria a uma eleição indireta, no congresso. Ainda, inquéritos e processos que podem levar o presidente a ficar inelegível, em 2022.

O cancelamento da reunião entre os três poderes que envolveria o presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado e o presidente do STF, por parte de Fux, que terá em suas mãos, uma denúncia que será realizada pela CPI da Covid e a simples aceitação pode levar Bolsonaro ao afastamento da presidência, por até 180 dias, para se defender no judiciário, o mesmo judiciário que tanto ataca e ameaça.

Tudo indica que os próximos dias serão, no mínimo, interessantes.

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