Sempre espelhado no ídolo Donald Trump, Bolsonaro segue na tentativa de desmoralização das eleições, através das urnas eleitorais. A tática baseada em seu ídolo Donald Trump, segue o roteiro criado pelo guru do neonazismo, Steve Bennon.
Nos EUA, Trump buscou desmoralizar um dos poucos avanços que o sistema eleitoral americano tem, o voto via correio, que possibilita a pessoa realizar o voto, sem a necessidade de sair de casa. Por lá, os voto por carta foi de suma importância, dado que o mundo passa por condições sanitárias severas e as pessoas contrárias a Trump se mantinham em isolamento social e como no Brasil, os apoiadores do ex-presidente americano saíram às ruas, como se nada acontecesse, fazendo dos EUA o país com maior quantidade de mortes por Covid-19, no planeta.
Com a derrota, Joe Biden, assim como aqui, teria que ser diplomado pelo congresso e foi nesse dia, que diversos imbecis do gado americano, liderado por Trump, que momentos antes havia realizado um discurso de palanque, em Washington, invadiram o congresso, levando uma pessoa a óbito e outras a serem feridas, em uma tentativa inédita de golpe, nos EUA.
Sempre se ouviu a máxima de que o único país do planeta ao qual não há golpes de estado seria os EUA, por não haver embaixada americana, lá. Essa máxima caiu por terra, não pela existência de uma embaixada americana em solo americano, mas, por tentativa de golpe pela esgaçamento do tecido político dos EUA, o país politicamente mais estável do planeta. Resta a pergunta. Se por lá imbecis armados tomaram o congresso, o que impede imbecis do gado de fazerem o mesmo? Nada.
Na verdade, por aqui, seria até pior, já que Bolsonaro conta uma milícia armada chama Polícia Militar, nos estados. No exército, ninguém se opõe ao pensamento bolsonarista, ao contrário, o desprezo pela Constituição é latente e comprovada pela maioria dos generais, dos quais, os principais estão no governo do capitão. É por isso que Bolsonaro ataca explicitamente ministros do STF e do TSE, na busca de criar a ideia de que não será eleito, por haver fraude nas urnas.
O discurso criado é a pólvora para uma minoria, que conta milhões de pessoas, todas raivosas, cheias de ódios e saudoso da ditadura. Junte essa turba, com um exército que ficará omisso e uma milícia armada chamada PM e uma derrota que já é clara nas urnas e a ideia de que o mito foi roubado e o resultado absolutamente previsível. Temos um encontro marcado com a tentativa de um golpe, em 2022.