Justiça decreta prisão temporária de Paulo Galo por atear fogo na estátua de Borba Gato

Justiça decreta prisão temporária de Paulo Galo por atear fogo na estátua de Borba Gato

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O militante e entregador de aplicativo Paulo Galo, dos Entregadores Antifascistas, teve sua prisão temporária decretada nesta quarta-feira (28/7) pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) após o incêndio na base da estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista na manhã deste sábado (24/7). Além de Galo, a juíza também determinou a prisão Géssica Barbosa, companheira do entregador. O pedido de prisão foi apresentado pela Polícia Civil, alegando “associação criminosa”, definido no artigo 288 do Código Penal como “associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes”.

Paulo Galo compareceu no fim da manhã desta quarta (28) ao 11º DP (Santo Amaro) para prestar depoimento, onde ficou sabendo do mandado de prisão. Além da prisão, a juíza autorizou busca e apreensão e quebra do sigilo telemático de ambos. Géssica alega não ter participado da ação, e diz que compareceu ao DP espontaneamente, porque seu telefone foi utilizado para contratar frete para o grupo que realizou a ação.

“Para mim é absolutamente surreal”, diz Jacob Filho, advogado do casal, em entrevista à Ponte. “Você pega políticos que foram presos mas a mulher não, porque tem um filho menor. Mas quando se trata de uma mulher negra, periférica, aí sim. A Géssica tem uma criança de três anos. Você tem uma decisão da Suprema Corte que veda esse tipo de prisão, mas ela está mantida”, completa do defensor.

*Com informações do Ponte Jornalismo

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