Possibilidade deve ser discutida durante a conversa que presidente terá com o senador nos próximos dias.
O presidente Jair Bolsonaro passou a avaliar, nos últimos dias, nomear o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Secretaria-Geral da Presidência – e não para a Casa Civil, como acertado inicialmente.
Segundo auxiliares presidenciais, o argumento seria de que o trabalho mais intenso da Casa Civil, que coordena os demais ministérios do governo, poderia atrapalhar a articulação política de Ciro junto ao Congresso.
A avaliação é que, na Secretaria-Geral, o senador continuaria tendo assento no Palácio do Planalto, mas contaria com mais tempo para focar na articulação política, pois não ficaria preso às atividades mais complexas da Casa Civil.
Além disso, o presidente nacional do Progressistas teria mais tempo para articular e preparar sua possível candidatura ao governo do Piauí, nas eleições de outubro de 2022.
“O principal motivo é não drenar totalmente as energias do Ciro com atividades internas do governo e dar mais liberdade para ele articular e preparar o terreno para candidatura dele”, explicou à coluna um auxiliar presidencial.
Integrantes do Planalto dizem que o chefe do Executivo federal deve discutir a possibilidade durante a reunião presencial que terá com o senador, após Ciro chegar ao Brasil da viagem ao México, nesta segunda-feira (26/7).
Destino de Ramos
Se Ciro for para a Secretaria-Geral, Bolsonaro terá de decidir se manterá, ou não, o general Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil. Até então, o acerto era para Ramos ir para Secretaria-Geral, cedendo a Casa Civil para Ciro.
O general já disse ao presidente que gostaria de permanecer na Casa Civil, mas Bolsonaro ainda avalia se haveria clima, diante das reclamações de caciques do Centrão sobre a atuação de Ramos na pasta.
Qualquer que seja o destino de Ciro, está certo que Onyx Lorenzoni deixará a Secretaria-Geral, pasta que comanda hoje, e será realocado no Ministério do Trabalho e Emprego, que será recriado.
Acho que faltou combinar com os russos.
*As informações são de Igor Gadelha/Metrópoles