Adélio é uma espécie de bombril do clã Bolsonaro, serve para tudo. Basta descobrir um malfeito da família, basta falar o nome de Marielle ou mostrar a mansão de Flávio, a morte de Adriano da Nóbrega, do esquema de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha e suas rachadinhas, que o gabinete do ódio levanta a hashtag no twitter #QuemMandouAdelioMatarBolsonaro?
É um marketing puído, mas o clã não tem outra patetice para sacar da manga. Não seria diferente agora que Bolsonaro vê a CPI tratorá-lo e o mar de corrupção que está sendo revelado dentro do ministério da Saúde com o possível envolvimento do próprio mandante da birosca.
E lembrem-se, a CPI não se deu para apurar corrupção, e sim quem foram os responsáveis no governo pela morte, até aqui, de mais de 537 mil brasileiros por receitarem o kit cloroquina, o não uso de máscaras, o não isolamento social e a não higienização das mãos.
Mesmo a CPI mostrando que Bolsonaro fez uma campanha intensa em busca da tal imunidade de rebanho, o sujeito não parava de defender a cloroquina e promover aglomerações por todos os cantos em que passava. E o mais grave, trabalhou incessantemente contra a aquisição de vacinas.
O que se revelou além disso foi algo ainda mais macabro por trás de sua campanha contra as vacinas conhecidas, existia um esquema para a compra da Covaxin e, por fora, da AstraZeneca.
É isso que está fazendo Bolsonaro se internar às pressas e requentar a farsa da facada com retorno do escapulário do clã, o Adélio Bispo. Por si só, o tuíte feito na conta de Bolsonaro, que muitos atribuem a Carluxo, culpando o Psol e, por tabela, o PT pela cascata da facada, pinta com todas as cores que o brasileiro está diante de mais uma farsa com prova absoluta de que o país é governado por um bando que não tem o mínimo de escrúpulos.
O que todos esperam é que essa história termine com o encarceramento de todo o clã e seu entorno.
Porque se a única coisa que eles têm para se defender, é o Adélio, então, eles não têm nada, já que a farsa da facada está pra lá de desmascarada.
*Carlos Henrique Machado Freitas