Há muito tempo, este blog vem dizendo que Bolsonaro caminhava de forma celerada e em via estreita para o cadafalso. Agora, é unânime que seu fim será a cadeia, seja por opiniões que vêm da oposição, de ex-aliados e até por alguns aliados que, em off, já falam que os ataques de nervos que ele vem sofrendo e todo o seu destempero estão na possibilidade cada vez mais concreta de chegar à prisão, seja com um possível impeachment, seja com tentativa frustrada de reeleição que a cada dia fica mais distante.
O capitão das bravatas passa por um processo idêntico ao de Moro, que sofreu um efeito cebola e, a cada escamada, vai afinando o seu poder de resistência. Não é para menos, Moro e Bolsonaro se parecem tanto no pensamento quanto na trajetória.
Os dois enfrentam duras críticas da sociedade, o que acaba por forçar a reação das instituições que, em determinado momento, foram aliadas deles, mas agora voltaram-se contra eles.
O fato é que, mais cedo ou mais tarde, e que seja mais cedo, Bolsonaro pagará por todos os seus crimes, que não são poucos, e certamente durante esse processo outros tantos serão revelados, além do que já se sabe.
Na verdade, ninguém consegue vislumbrar um outro destino para Bolsonaro que não seja uma implacável e didática condenação.
Isso mostra que a sociedade brasileira tem muito mais fôlego na luta por sua autonomia do que se imagina.
A fala de Paulo Marinho, um ex-aliado do QG bolsonarista de 2018, de que, se Bolsonaro não se reeleger, será preso, não é novidade, novidade seria dizer o contrário.
“Conheço a peça. O capitão Bolsonaro está à beira de um ataque de nervos”, diz Marinho, chegando a afirmar que Bolsonaro vai ser preso caso não se reeleja.
“O capitão Bolsonaro vai enfrentar a Justiça. E arrisco dizer que vai ser preso pelos crimes que já cometeu e ainda vai cometer até final do mandato.”
Não é preciso clarividência para se chegar à conclusão de que Bolsonaro está com seus dias de liberdade contados.
*Carlos Henrique Machado Freitas