Operação liderada por Franco Perazzoni apura se o ministro do Meio Ambiente atuou em favor de madeireiros que exportam produto ilegal da Amazônia.
Segundo matéria de Bela Megale em O Globo, o delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni foi dispensado, na última quinta-feira, da função de chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros do Distrito Federal. O afastamento aconteceu menos de um mês depois de ele chefiar a operação que fez buscas em endereços do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Batizada de Akuanduba, a operação liderada por Perazzoni apura se o ministro atuou em favor de madeireiros que exportaram matéria-prima de maneira ilegal. O delegado, apesar da decisão, continua à frente da investigação envolvendo Salles.
A remoção do delegado da função de chefia foi vista por grande parte de seus pares como uma represália pela investigação contra Salles. Segundo fontes da PF, a decisão de tirar Perazzoni da função foi da própria Superintedência do DF e não da direção-geral do órgão.
A coluna apurou que a proposta da Superintendência do DF era de tirar Perazzoni desta chefia para promovê-lo ao posto de número três na hierarquia do órgão local. O movimento de promoção, no entanto, não aconteceu.
Essa não é a primeira mudança na PF ligada a ações contra o ministro do Meio Ambiente. Um dia após apresentar uma noticia-crime contra Salles no Supremo Tribunal Federal, o superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, foi afastado desse posto e removido para Volta Redonda (RJ).