A especialidade do atual presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, é emprestar sua corporalidade ao projeto racista de Bolsonaro para que, através de sua boca, Bolsonaro possa vomitar seu racismo sem ser importunado pela lei.
Ou seja, Sergio Camargo é um nulo, um inútil, alguém que, no livre exercício de buscar um lugar privilegiado, aceita cumprir um papel idêntico ao de Fernando Holyday, Hélio Negão e de Douglas Garcia, que são negros que todo branco racista adora, porque jamais vão querer discutir as questões do preconceito, do racismo e da discriminação secular que os negros sofrem no Brasil.
Esses acima citados dançam o minueto que está na vitrola da parcela mais racista da sociedade brasileira, porque se colocam alheios às questões que envolvem o preconceito contra os negros e toda a nossa formação socioeconômica que reflete essa segregação.
Mais uma vez hoje sendo utilizado por Bolsonaro, Sergio Camargo, que consegue ser mais pau mandado do que Pazuello, foi convocado para criar uma cizânia a partir de um cálculo político do patrão, já que suas ideias não fazem qualquer diferença para o chefe. Ele está lá apenas para cumprir ordens racistas e agravar ainda mais o racismo no Brasil.
Seu discurso, que privilegia sempre a parcela branca da sociedade, não pode ser considerado porque não serve para rigorosamente nada, até porque sua filosofia política é a da velha boquinha em que o escrúpulo e o caráter não lhe servem como obstáculo.
Ele está ali para atrofiar o máximo possível o direito à cidadania secularmente negado aos negros no Brasil.
*Carlos Henrique Machado Freitas