Pode parecer leviano comparar o que aconteceu na Namíbia com o que está acontecendo no Brasil, mas, o resultado prático, por aqui, é tão desastroso e cruel quanto o que ocorreu na colonização alemã, na África.
Se por aqui ainda não foi contabilizado o resultado da inação do governo Bolsonaro, na pandemia, é possível compreender o ocorrido com o prazo de um mês sem vacina e saber quantas pessoas morreram somente com o atraso da vacina. Por aqui, em um mês de atraso de vacina, resultaram em 100 mil mortos.
Na Namíbia, o General Lothar von Trotha, ordenou extermínio de 65 mil hereros (de um total de 80 mil) e 10 mil namas (de um total de 20 mil), entre os anos de 1904 e 1908. Os “genocidados” da Namíbia foram acusados de ações pela libertação de seu país.
O reconhecimento do genocídio pela Alemanha vem com uma indenização considerada muito baixa, cerca 1,1 milhão de euros, a serem pagos em 30 anos, com obrigatoriedade de investimento em infraestrutura, saúde e educação.
Frente a isso, fica a pergunta. Quando será reconhecido o genocídio contra os brasileiros com comorbidades, aposentados e idosos, mortos durante a pandemia, por um presidente que adotou uma política que previu 1,5 milhão de mortos?