A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

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Não há sombra de dúvidas que as semelhanças das práticas, dos pensamentos, das declarações, dos preconceitos e, especialmente, nas intenções, não são por acaso. Mas, o que separa Bolsonaro dos demais líderes fascistas do século XX?

Em primeiro ponto, Bolsonaro é anacrônico, é como uma pessoa da primeira metade do século XX, perdida na primeira metade do século XXI. O segundo ponto, é que líderes fascistas e líderes valorosos surgem em ocasiões semelhantes, sempre, em momentos de crises sistêmicas graves.

O final do século XIX e o aprofundamento do liberalismo levaram à primeira grande crise sistêmica, que culminou com a crise de 29. A crise em si durou décadas, em deterioração social e das condições sociais e trabalhistas. O período histórico conhecido como romântico, gerou o comunismo, o socialismo e a miséria humana chamada nazismo e fascismo.

A crise do neoliberalismo, no longo período de deterioração social e trabalhista, que culminou na crise sistêmica da quebra de 2008, trouxe um período que poderia ser chamado de neo-romantismo. Assim como 29, um longo período de depressão, 2008 também continua com o longo período de depressão, que levou a ascensão do nazismo e do fascismo, agora, nos leva a ascensão do fascismo no mundo. Trump e Bolsonaro são sintomas do mesmo período histórico e agora já estão em decadência.

No mesmo paralelo histórico, Trump e Bolsonaro exercem o mesmo pensamento de Hitler e Mussolini.

Portanto, a história se repete, uma vez como tragédia e a segunda como farsa. O que principalmente difere os de hoje aos de ontem, é que os farsantes não tem a mesma inteligência dos originais.

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