A participação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é cercada de posturas estranhas e contraditórias, mas, uma chama bastante importância para a estratégia de apontar a culpa para o ninguém, ou para uma coletividade abstrata.
Ao ser peguntado pelo senador do PSDB, Tasso Jereissati, sobre o fato de o Brasil ter cerca de 2,7% da população mundial e ter mais de 12% dos casos e mortes por Covid, Pazuello teve o descaramento de apontar como responsável pelo absurdo, a classe médica, bem como a suposta falta de alinhamento entre as correntes adotadas pelos médicos.
Pergunta: O Brasil tem 2,7% da população mundial, o Brasil tem cerca de 13% de mortes do covid, mundo. A quê o senhor e sua gestão atribuem esses números dramáticos?
“… A própria dificuldade de alinhar a nossa estrutura médica, alinhas os protocolos de tratamento, alinhar a conduta, ela…ela…ela…, nossos concelhos, a nossa própria cul, cul, cul, SOBERANIA MÉDICA, de tomar as posições, faz com que não haja um alinhamento claro para o tratamento no nosso país. Então, existe médico numa linha, existem médicos em outras linhas. Então, eu coloco aí essas condicionantes e a responsabilidade.“
Resposta completa: Eu coloco da seguninte forma. O que causa…, realmente, a contaminação, ela é muito forte. Ela tem fatores…, que são condicionantes na contaminação, mas o óbitos, eles têm muitos fatores, você pode ter uma curva de contaminação baixa e óbitos alta… ou pode tê-las, pode tê-las, simultâneas, paralelas, acredito que a curva de óbito, por que eu acredito que pergunta é só sobre óbitos, ela tem a ver com muita… muitas outras estruturas, muitas faltas de estrutura, a nossa capacidade, ééééé, a nossa capacidade de estruturação de leitos, de estruturação de equipamentos, ela não foi a mais rápida que poderia ser. Então, a nossa capacidade de tratar as pessoas, ela poderia ter alcançado outro nível e isso tem a ver com a base de estrutura de saúde que temos no país… Não se faz uma estrutura de saúde da noite para o dia. A própria cepa que nos pegou agora, na segunda onda, não aconteceu em todos os países e aonde ela pegou, fez uma quantidade de óbito muito alto.
A própria dificuldade de alinhar a nossa estrutura médica, alinhas os protocolos de tratamento, alinhar a conduta, ela…ela…ela…, nossos concelhos, a nossa própria cul, cul, cul, SOBERANIA MÉDICA, de tomar as posições, faz com que não haja um alinhamento claro para o tratamento no nosso país. Então, existe médico numa linha, existem médicos em outras linhas. Então, eu coloco aí essas condicionantes e a responsabilidade.