Segundo matéria publicada na Sputnik, governo dos EUA aprovou a venda para Israel de armas guiadas de precisão no valor de US$ 735 milhões (R$ 3,87 bilhões), informou hoje (17) The Washington Post citando fontes no Congresso americano.
De acordo com o jornal, o Congresso foi oficialmente notificado da proposta de venda em 5 de maio, vários dias antes de o movimento palestino Hamas iniciar primeiros ataques de foguetes contra Israel na sequência de tumultos em Jerusalém Oriental, quando várias famílias árabes foram forçadas a deixar suas casas no distrito de Sheikh Jarrah após decisão de um tribunal israelense.
Scoop: the Biden admin has approved the sale of $735 million in precision-guided weapons to Israel, raising red flags for some House Dems more open to questioning DC’s support of Netanyahu, suggesting the sale be used as leverage. W/ @karoun: https://t.co/8L9xUy7Vby
— Jacqueline Alemany (@JaxAlemany) May 17, 2021
Furo jornalístico: a Administração Biden aprovou a venda de armas guiadas de precisão no valor de US$ 735 milhões para Israel, criando alarme para alguns democratas da Câmara mais abertos ao questionamento do apoio de Washington a Netanyahu, sugerindo que a venda seja usada como meio de influência.
Trata-se de venda de Munições de Ataque Direto Conjunto (JDAMS, na sigla em inglês), que é um kit de orientação que converte bombas não guiadas, ou as chamadas “bombas burras”, em munições “inteligentes”.
Anteriormente Israel já havia comprado JDAMS, explicando que durante os ataques aéreos contra Gaza as munições guiadas de precisão ajudam a evitar mortes entre civis.
Fumaça e chamas durante ataques aéreos israelenses na cidade de Gaza, 14 de maio de 2021
Alguns democratas da Câmara dos Representantes querem conhecer os detalhes da venda de armas proposta, uma vez que considera que a escolha do momento pode ser usada como meio de influência, avança jornal.
Após receberem a notificação formal da administração do presidente dos EUA sobre a venda de armas, os legisladores têm 20 dias para contestar com uma resolução não vinculativa de desaprovação.
Tal como muitos outros países, os EUA exigem um cessar-fogo imediato em Gaza, no entanto, Washington sustenta que Israel tem o direito de se defender contra o Hamas.
No domingo (16), Riyad al-Maliki, o ministro das Relações Exteriores da Palestina, disse que as famílias palestinas estão enfrentando horrores indescritíveis enquanto os ataques na Faixa de Gaza continuam.