Em entrevista à revista Veja, Fabio Wajngarten, abriu o arsenal contra o governo Bolsonaro, quanto ao caso da omissão da compra da vacinas da Pfizer, ainda em 2020. Porém, Fabio Wajngarten, poupou Bolsonaro, que saiu como uma espécie de “inocente útil”, na versão contada pelo ex-chefe da Secom.
“O presidente Bolsonaro está totalmente excluído de qualquer responsabilidade nesse sentido. Se as coisas não aconteceram, não foi por culpa do Planalto”, … “Havia excesso de burocracia e pessoas despreparadas cuidando dessa questão”, afirmou.
A lista de pessoas absolutamente incompetentes para os cargos, nomeadas por Bolsonaro, é extensa e visivelmente proposital. Se o primeiro da lista é o próprio presidente e pior, sempre agiu de forma a concentrar poderes em torno de si, dizendo que a última palavra é sempre dele, a versão de Wajngarten chega a ser uma piada.
Não é uma questão de ação em que o presidente simplesmente não sabia, o que poderia ter ocorrido, trata-se de uma negativa confirmada pelo próprio presidente Bolsonaro, que diz não ter fechado contrato, por se tratar de cláusulas “draconianas”, se é que Bolsonaro sabe o que isso significa.
Bolsonaro ainda disse na ocasião, que em janeiro deste ano, os laboratórios estariam fazendo fila na porta do Planalto para oferecer suas vacinas. O que não ocorreu.
A conclusão é óbvia, Bolsonaro, por suas declarações, deu a palavra final pela omissão da compra e o motivo nem vem ao caso.
Com cheiro de joga mal ensaiada, a entrevista de Wajgarten parece uma tentativa de tornar um genocida em inocente útil, uma espécie de pessoa maravilhosa ingênua, cercada de “lobos-maus” querendo engolir a vovozinha e nesse caso, a vovozinha somos nós. Só pode ser uma piada.