A tempestade perfeita que está se formando para Bolsonaro já começa a obter reflexos importantes dentro do Tribunal de Contas da União (TCU). Da mesma maneira em que se formou para Dilma, só que para o governo Bolsonaro, com crimes diversos e principalmente de responsabilidade, relatórios de denúncias começam a povoar a opinião pública.
Para se ter uma ideia de que a possibilidade de queda é real, no golpe de 2016, o processo de impeachment se fundamentou exclusivamente em um relatório do TCU que apontava o que mídia chamou de “pedaladas fiscais”. Naquele momento, nem CPI havia e o pedido prosperou na Câmara, por um golpe de estado arquitetado no apartamento de Rodrigo Maia e levada a cabo por Eduardo Cunha.
Agora, o TCU acusa Bolsonaro de diversos possíveis crimes, o da vez é o abuso de poder e a omissão na atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia de Covid-19. O relatório aponta, em especial, a adulteração de documentos para que o governo federal se eximisse da responsabilidade de liderar o combate à pandemia nacionalmente. Nele foi citado, inclusive, a omissão na obtenção de kits entubação, que agora, faltam em diversos estado da federação.
Com isso, a CPI da Covid decidiu começar pelos dados já obtidos pelo TCU. Ou seja, já começa com muito do caminho andado e por isso, deve começar convocando o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Ernesto Araújo (ex-ministro das relações exteriores) e Fernando Azevedo (ex-ministro da defesa), logo nas primeiras sessões.