Uma CPI no Senado conta com 11 parlamentares titulares indicados pelos partidos que compõem a casa. Sempre que há algum requerimento, como convocação de testemunhas ou investigados, acareações, documentos e relatórios, incluindo, a inserção de provas e o próprio resultado final, há a necessidade de uma votação contando com a maioria dos componentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
O problema para o governo Bolsonaro é que ele não conseguiu emplacar a maioria, aliás, está em minoria (absoluta) na CPI. O resultado ficou assim:
- Independentes: 6
- Governistas: 3
- Oposição: 2
Em pensamento livre, o MDB que indicará Renan Calheiros, está contabilizado como independente, quando a sua postura é de oposição. Nesse sentido, a CPI começa empatada de 3 a 3, mais 5 independentes.
O cenário se torno absolutamente desfavorável ao governo, já que os independentes tendem a estar contrários ao governo Bolsonaro, pelo resultado de uma política negacionista e contrária à ciência.
O governo, nesse momento, sabe que a situação é bem complicada e tente adiar ao máximo a execução do inquérito. A tentativa é apostar na instalação da CPI, com eleição do presidente e do relator, com paralisação imediata do andamento, até que haja condições sanitárias para que ocorra presencialmente.