O mito do posto Ipiranga não durou muito tempo. Na verdade, apenas alguns dias após a eleição de Bolsonaro, ainda em dezembro, o então presidente da Câmara enviou ao futuro ministro de economia, Paulo Guedes, um convite para integrar a equipe de discutiria a LDO do primeiro ano do governo Bolsonaro. Guedes respondeu: “Pode enviar qualquer coisa, depois a gente muda.” O posto Ipiranga dava aí, demonstração cabal de sua completa estupidez estatal.
Guedes, como grande parte dos banqueiros, pensa ter alguma noção de economia pública, dá entrevistas, fala suas bobagens privadas e agem como se fossem donos da verdade estatal. O blefe está aí, quase todos os investidores e especuladores são como o atual ministro posto Ipiranga, quando se deparam com um ministério que trata da economia pública, demonstram o desconhecimento e a ignorância maior que a própria vaidade e arrogância. O “posto” não sabia sequer que o orçamento (LDO) do ano seguinte é aprovado no ano anterior e que o orçamento de um governo não pode ser refeito ou burlado, como se faz no vale tudo da empresa privada.
No final das contas, nas tentativas e erros, Paulo Guedes descobriu uma maneira de criar um orçamento tão fake quanto o governo que faz parte. Em outras palavas, a LDO aprovada é cheia de irregularidades e alucinações de arrecadação, que incluem crimes que tornam as tais pedaladas uma mentirinha de 1º de abril, lembrando que Dilma não praticou nenhum crime.
Guedes, simplesmente conseguiu fazer da LDO algo sem valor, como uma lei que não pega. Agora, o Centrão deita e rola, enxertando todo tipo de gastos para órgãos aos quais seus representantes estão a frente.
A bagunça total está estabelecida, em meio a quase 4 mil mortes por dia, numa pandemia cujo maior patógeno é o próprio genocida.