O número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde caiu 71% entre os meses de julho de 2020 — o primeiro pico da pandemia — e março deste ano, na pior fase do vírus, quando o Brasil registrou recordes de mortes diárias devido ao avanço do coronavírus.
Em números totais, eram 11.565 leitos financiados/habilitados pelo governo federal em julho do ano passado. Hoje, são apenas 3.372. Os dados são do Conass (Conselho Nacional dos Secretários ded Saúde) e foram obtidos com base em monitoramento de portarias publicadas no Diário Oficial.
O número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde caiu 71% entre os meses de julho de 2020 — o primeiro pico da pandemia — e março deste ano, na pior fase do vírus, quando o Brasil registrou recordes de mortes diárias devido ao avanço do coronavírus.
Em números totais, eram 11.565 leitos financiados/habilitados pelo governo federal em julho do ano passado. Hoje, são apenas 3.372. Os dados são do Conass (Conselho Nacional dos Secretários ded Saúde) e foram obtidos com base em monitoramento de portarias publicadas no Diário Oficial.
De acordo com o Conass, a queda ocorre em um contexto de colapso em hospitais de todas as regiões do Brasil. Para se ter ideia, em 1° de março, 19 das 27 unidades federativas estavam com lotação em nível crítico nas UTIs com leitos acima de 80%, segundo levantamento da Fiocruz.
A queda pode ser explicada pelo término, em 31 de dezembro, da vigência do decreto de estado de calamidade, que permitia a transferência de recursos extra-orçamentários, de acordo com a análise do Conselho.
O presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, disse que o orçamento de 2021 do Ministério da Saúde não levou em conta que o Brasil ainda estaria sob a pandemia. Por isso, alguns estados têm aumentado a quantidade de leitos sem recursos da União.
“Mas é falso dizer que os estados estão confortáveis para fazer essa expansão de novo. É preciso um novo orçamento de guerra pra saúde”, disse.
Carlos Lula ainda prevê que nos próximos meses, cerca de 7 mil leitos de UTI devem ser financiados pelo ministério por causa de uma portaria, a primeira do ano, publicada no último dia 2 de março. Com a canetada, foram liberados R$ 153,6 milhões para custear 3.201 novos leitos de UTI em mais de 150 cidades de 22 estados.
A portaria prevê repasses retroativos à manutenção de leitos de UTI referentes a janeiro e fevereiro. O objetivo, segundo o texto, é ressarcir os estados que, nesses dois meses, tiveram de utilizar exclusivamente recursos próprios para abrir novos leitos de UTI devido à alta demanda de pacientes doentes.
Porém, segundo o presidente do Conass, as secretarias ainda não receberam os recursos de nenhuma das habilitações.
Procurado por e-mail e por telefone durante quase uma semana pelo G1, o Ministério da Saúde não se posiciona sobre o assunto. Ao Yahoo! Notícias, o MS também não se manifestou.
*Com informações do Yahoo