Anulação das condenações de Lula escancara armação que elegeu Bolsonaro

Nas vésperas das eleições de 2018, todos os analistas políticos pensavam que Bolsonaro não teria força para vencer o segundo turno com qualquer um dos candidatos. Foi um erro capital.

Ainda, no mesmo período, Lula venceria as eleições em primeiro turno, quando o TSE estuprou a constituição e indeferiu a chapa do ex-presidente Lula. Estuprou, por que a candidatura do ex-presidente deveria ser deferida com status de “sub judice”.

O resultado da decisão do TSE foi um dano irreversível ao cidadão, já que agora estando inocentado por um grave erro processual, o tempo não retroage às eleições. Em outras palavras, tecnicamente, foi um erro do judiciário que tirou Lula da presidência e com isso, o réu continuará cumprindo o resultado da pena até 2022, já inocentado.

O que piora ainda mais a posição do judiciário é a jurisprudência do próprio tribunal, que deferiu, na mesma eleição, casos de candidatos ao legislativo. Ou seja, a justificativa dos juízes, ao afirmar que o caso não poderia atingir a Presidência da República por ser o cargo máximo da nação, tornou Lula um cidadão com menos direitos que os demais, incluindo prefeitos eleitos no ano passado e que tomaram posse neste ano.

O ministro Edson Fachin, o mais lavajateiro do STF, com isso, piora ainda mais a situação do judiciário, em especial de um companheiro lavajateiro do mesmo supremo, Luís Roberto Barroso, que lamentavelmente presidia o TSE, na ocasião do indeferimento da chapa Lula/Haddad.

O resultado da armação elegeu Bolsonaro e o resto dispensa explicações.