Uma das notícias que correm nesse momento, na mídia, é a busca de Bolsonaro por uma saída dita honrosa pra a atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O grande problema é que não há saída honrosa para quem não tem honra.
A falta de honra não é uma exceção no exército, ao contrário, é, antes de tudo, a regra. A comprovação da tese é a própria história do exército brasileiro que, ao golpear a democracia em 1964, forçar o suicídio de Getúlio Vargas e tramar, do golpe de 2016 à eleição fajuta de Bolsonaro, tem a assinatura e as mãos sujas de sangue desse mesmo exército que pariu um Bolsonaro e um Pazuello.
Trata-se, portanto, da raiz do problema, não se pode construir uma saída honrosa por um meio desonroso. Em relação estritamente a Pazuello e Bolsonaro, paira sobre a sombra dos dois mais de 250 mil corpos, paridos nas trocas de ministros da Saúde ligados à ciência à medicina que, por honra, discordaram da cloroquina e peitaram o ditadorzinho meia-boca da República das Bananas. A única saída honrada para Pazuello seria voltar no tempo e ter se negado a aceitar um cargo para o qual é incompetente.
Aqui, chegamos a um novo axioma, é corrupto aquele que assume um cargo ao qual sabe ser incompetente e o assume por motivos alheios ao real objetivo da função. Pazuello ou é estúpido e ignorante, ou é corrupto, por saber ser incompetente para o ministério da Saúde.
Em todos os casos, o exército se mostraria minimamente honrado se pedisse a saída de um de seus generais. Como não é, espera não ser desagradado por um presidente estúpido, milindrando um general sem honra e um exército que tem como fim apenas ele mesmo.