Em seu voto, Gilmar Mendes foi curto e grosso.
Cortou as asinhas de quem quer dividir a mesma farsa em duas ao dizer que a do triplex, Lula ganha, e a do sítio, Lula perde e, assim, continua inelegível.
Foi mais longe quando disse que nada disso estaria ocorrendo se a imprensa brasileira não se associasse aos bandidos.
Daí que Gilmar aproveita e azeda o leite da própria mídia que vinha tentando separar falsamente o joio do trigo, como se os procuradores do caso do triplex não fossem os mesmos imundos que operaram a farsa-2, a do sítio, inclusive, com a participação definitiva de Moro com a sua vigarice jurídica.
Gilmar, num tiro só, acertou os dois alvos, porque simplesmente mirou no todo, no que ele, por inúmeras vezes disse, “naquilo que importa”.
E o que importa, ele deixou bem claro, é que a Lava Jato como um todo é uma grande farsa, a maior farsa jurídica da história da humanidade.
Assim, não há espaço especulativo para separar o triplex do sítio, é tudo uma coisa só, é tudo um podre só.
*Carlos Henrique Machado Freitas